segunda-feira, novembro 19, 2007

Big Brother, paranóia só!!!


Big Brother Brasileiro

O Brasil é isso mesmo, ele não é isto nem aquilo, é isso!

Saí da produção de moda que faz e dita moda gringa para o Brasil, onde o nome tem Santa no meio que é pra proteger, ter um pouquinho de Brasil IÁ IÁ...e fui para um super estágio em marketing de uma academia de ginástica que também tem o nome geninamente brasileiro, um nome de um lindo bairro do Rio de Janeiro, mas seu sobrenome é...adivinhem... Gringo! Como todas as nomenclaturas internas e aparelhagens de lá.

Pela grande ótica Julianesca, tudo corria bem. Tive que voltar a malhar, fazer novas amizades e começar a entender novamente cabeças, crânios e linhas de raciocínio. Inicialmente ganhei credibilidade e fui me destacando, claro que dançando a trilha sonora escolhida pelo chefe. Já existiam vícios, desabores, amores, horrores, e.....
“PAI NOSSO QUE ESTAIS NOS CÉU...”, como uma boa brasileira rezava quando via a loucura pegar. Comecei a diagnosticar alguns defeitos, alguns "senão" e podia dividir com a minha gerente.

Um dia me toquei que havia câmeras espalhadas por todo lugar e cheguei a ficar na neurose de achar que existiam até no banheiro, na minha cabeça me tranqüilizei:

-Áh, ninguém assiste essa merda!E se assistir também não vai ver nada demais.

Eu mesma me acalmava, mas passavam dias e eu me peguei arrumando cabelo, de olho na postura....

Eu dividia a sala com mais três, só que a sala devia ter 20 metros quadrados, parecia uma nave espacial, sabe? Todos os espaços bem utilizados, eu sentava na entrada e toda vez que alguém ia passar eu tinha que “colar” na mesa. Levava tudo aquilo para o lado bom, simbólico, do tipo: “Acomodação zero para não estagnar”, “Movimento gera movimento”, tudo muito lógico né?

Um outro dia me perguntaram a hora que havia chegado no dia anterior e eu disse 08:00e o cara disse:

-Oito não. Oito e sete.

Choquei!Parei!Estagnei ( mesmo trabalhando com a cadeira na passagem)!Peraí!Como assim? Ele viu na câmera!Não é possível que falta do que fazer!Respondi calmamente em choque:

-AH T-Á! O-I-T-O E S-E-T-E M-I-N-U-T-O-S!

Depois daquele dia me peguei tirando a calcinha da bunda, naquele exato momento eu me percebi e aí que a ficha caiu. Eu estava sendo assistida todos os dias, se eu quisesse tirar uma meleca rápida, sabe? Aquela no cantinho. Teria que decidir ir ao banheiro ou tirar para todos verem. Todos mesmo porque descobri que quase todos os membros tinham acesso. L-O-U-C-U-R-A, e agora? Relaxei (mais ou menos). Tirei 50% de calcinha nas câmeras e 50% no banheiro, meleca me inibiu. Só no banheiro.

Dia-a-dia, mais dias ... e outro...e mandava beijos para a câmera só pra descontrair no cúmulo da solidão a três. Minha gerente e confidente saiu, eu comecei a falar com os outros em código, a falar baixo, fora dali andava olhando paras os cantos e continuando com a sensação de estar no Big Brother. Alguns participantes me faziam perguntas do tipo:
-Porque você está falando isso?
Quando? Onde? Por quê?

Às vezes me sentia uma vestibulanda para entrar na Tropa de Elite do Capitão Nascimento.

(Aliás, Oie!!! Eu fiz o teste pro fileme! Passei em quatro etapas, mas como viram não entrei...Sniff)

Me sentia acuada e respondia nervosa:
- Eu não quero passar ninguém pra trás!
E os participantes quase gritavam:
-Pede pra sair!!!

Não pedi, mas me tiraram mesmo assim alegando sumiço de uns convites e eu disse:

- Assiste na câmera! (Não acredito que a câmera estava a meu favor)
E o Big Brother editou o que queria e não assistiu, não quis saber e tú,tu,tú...desligou na minha cara.

Saí!
O Big Brother me ligou depois pedindo desculpas, mas você já viu alguém sair do programa e depois voltar?

Partindo para outra, pro alto e avante!!!
Apresentando a monografia em uma semana.
Peça em um mês.
A geladeira quebrou, não gela mais direito porque a porta caiu!
Bebi um dia pra distrair, o problema é que quando “Eu bebo, eu fico rica”. Isso mesmo! Quero comprar mais bebida,tipo champanhe, ir para o lugar que eu quiser,tipo Barcelona, comer o que eu tenho vontade, Tipo MUITO japonês....só que eu momentaneamente estou desempregada e a síndrome do “Eu bebo, eu fico rica” não pode me dominar.

Existe uma outra síndrome quando eu bebo que é a seguinte: “ Eu sou a Dercy!”, isso quer dizer que falo muitos palavrões em uma só frase.

Bom, enquanto não acho outro emprego, bebo para distrair, fico rica e chamo a Dercy de vez em quando, quem sabe não faço da geladeira uma dispensa e compro um frigobar, depois de beber né?
E o melhor.... ando tirando muita calcinha da bunda, e as melecas incomodativas... segredo. Rs.