quinta-feira, janeiro 29, 2009

Abra a janela...tá aberta


Janela azul aberta
Ora de apertar o off dos perrengues.
Eu quero é ter razão e ser feliz.
Essa história de não querer ter razão e somente ser feliz é a maior baboseira. Pra alcançar algum nível de satisfação é preciso ter razão, a sua pelo menos. Tem uma mendiga que mora aqui em copa que constrói a casa dela na rua e ainda varre todo dia de manhã. Se conversarmos com ela vai dizer na maior naturalidade que a casa é dela e pronto! E se você perguntar e a parede, e o teto e a porta? Ela vai te responder alguma coisa convincente ou nada convincente, mas não vai mudar a visão dela a não ser que ela queira. Dona baratinha esse é o apelido dela. Sem saia de filó ou com saia. Se ela acha que tem uma saia de filó, então ela tem. A razão é dela.
Tendo a minha razão estou encerrando esse blog:
Essa fase de perrengues eu determinei que acabou, chega de perrengar.
Um amigo meu, chamado João, me disse que se eu tenho um blog com esse nome, logo eu estou atraindo situações de perrengue para que eu escreva algo.
Casa nova de janela azul, aquecedor novo, ciclo novo, nenhum vizinho chinês e dessa vez com um altar, onde há Budas, Jesus, Ganeshas,Olhos gregos, carvões em copo, muitos incensos, cobertor de orelha dormindo de conchinha e varanda para olhar as estrelas e continuar sonhando. Agradecendo os perrengues que me fizeram crescer e mandando pro cacete aqueles que me fizeram perrengar somente. Cheia de razão eu deleto esse blog.
E por outras razões criei o http://absurdous.blogspot.com

sábado, outubro 11, 2008

ting ling lang- feng shui é o caramba...


Quando o feng shui diz que se algo não está funcionando na casa é porque algo não vai bem à sua vida, em algum setor......Quem inventou esse feng? Só pode ser um chinês que não abria o olho pra vida. Eu só tiro a conclusão que esse carinha quer me dizer alguma coisa.
A lâmpada da cozinha só ligava com três tapas, hoje não acende de vez e tem um abajur em cima da geladeira. Com otimismo de sempre eu mesma disse que parecia um cenário que estava bonito. Bom, vamos lá, cenário quer dizer que é falso, é só passageiro, ponto positivo. Ou que é tudo de mentira, ponto negativo. Tudo tem alguns olhares e momentos que você avalia.
O chuveiro não andava esquentando bem e fazia barulho quando acendia o gás, bum! Foi deixando de esquentar mais ainda e aí não ligou. Fora os ataques de raiva que me dão e que não levam a nada já que sempre que tenho, acerto o dedão na parede, dou cotovelada sem querer no móvel. Mas, eu e o Arthuzão tivemos a grande sacada de chamar um cara para consertar. Uma fortuna, muito caro, não dava. Então o cara ensinou a tática da dedada. Não me levem a mal, só aprendi a dedar para tomar um banho quentinho. hahah! Fico de frente para aquele aquecedor, introduzo minha mão debaixo dele, encontro o ponto certo e aperto. Uhu! Ele aciona e aí ligo o chuveiro. Pronto!!! Banho quentinho.
Se o chinês do feng shui quer me dizer algo, ele que seja claro.
Nesse dia ele pegou pesado, estava no trabalho prendendo xixi há umas 3 horas e tomei coragem e fui ao banheiro. Xixizinho básico, rapidinho, quando acabei escutei um bluft, eu olhei rápido para a privada e sabe o que era......meu celular. Tive que fazer um resgate muito rápido nas águas mornas, lancei ele dentro da pia e tive uma ataque de riso enquanto banhava sem banhar o aparelho, é porque estava sujo, mas não podia ser molhado e eu ficava em dúvida do que fazia. Peguei com muito papel higiênico e levei para minha sala, dei outro banho de álcool. Resultado: desinfetado e morto. Esse chinês pegou muito pesado, assim não dá. Vai gente me pergunta: Como é que você consegue manter o humor? Eu não faço a menor idéia. Quebra daqui, conserta de lá, costura ali. Esse feng shui não previa uma brasileira de olhos bem abertos.
A conclusão é que eu estou bem acelerada e com síndrome de perseguição chinesa, acho que porque a bolsa de valores foi afetada acaba repercutindo na minha vida que é muito importante para os investidores. Ando misturando bem as coisas, dá pra ver pelo texto.
Fiz uma ligação para uma cliente para fechar um evento, agendei a data, fiz algumas ponderações e desliguei a ligação. Meia hora depois, liguei para a mesma cliente e desmarquei tudo e disse que não poderia ser no dia marcado, de repente no meio do telefonema me percebi manipulada pelo chinês, e disse:
-Isabella!
Ela disse: - Não, Cíntia.
Eu tive um descontrole e chorava de rir, enquanto ela ria também e dizia:
- Eu estava aqui pensando...o que essa louca está falando? Hahah!
Eu: - Cíntia! Desculpe! Que viagem!hahaha!Seu número é parecido com a de outra cliente. O seu evento está certo, hahah! Um beijo
Desliguei e chorei de rir sozinha durante meia hora, lembrei do chinês e ri dele. Ele mexe com a pessoa errada o tempo todo. Chinês comigo não tem tempo ruim. Me põe em armadilha que eu saio!
Ele anda cansado de mim, mas ainda está próximo. Deixa a bolsa de valores desestabilizar de novo que ele cai. Vai ter que procurar emprego por lá mesmo.

segunda-feira, agosto 11, 2008

difficult........


My english is not perfect

Eu assumo que meu inglês é “embromacion”, mas aquele de atriz, digno de Oscar e Leões. É faltou um pouco de modéstia.
Axl me liga ( não tem nada a ver com Axl Rose). Ele me disse para eu comparecer numa entrevista bilíngüe para um evento da Loreal e eu tratei de rir do outro lado da linha. Bilíngüe? Você tá louco Axl? Ele me disse que eu era bilíngüe, se eu não lembrava do evento da Vale do Rio Doce. Foi uma entrevista toda em inglês que eu fui no carão, cara de pau mesmo, fui dominando a situação e arrasei.
Incentivada pelas lembranças, resolvi partir para a nova tentativa.

Ao chegar ao Sofitel achando que estava tudo sobre controle, encontro as outras meninas para a entrevista esperando no hall de entrada. Escuto uma delas dizer que morava no Rauai, isso mesmo, não é Hawai. É RA-U-A-I. Aquilo me gerou um mal-estar geral, um domínio do inglês que parecia que era uma nativa hawaiana que falava português. Fiz o carão e me mantive firme, fazendo o tipo de mulher super ocupada e que estava ali disponibilizando um precioso tempo. A estratégia era ficar ali, de pé e demonstrar certa distância. A equipe para entrevista chegou. Entramos todas numa sala e formamos duplas para cada uma entrevistar sua dupla em INGLÊS.
Fui no embromacion depois de dar uma ensaiada com a minha dupla.

Quando recebi o telefonema me senti a poliglota. Fui chamada. Sabia! O segredo é falar absurdos com segurança.
Primeiro dia do evento. Fiquei no HI! HELLO!GOOD MORNING! E passa um gringo mega simpático:
-Hi!
Eu respondo: - HI!
A partir daí todos os dias ele me cumprimenta.
-HELLO AGAIN!
E eu:
-HELLO AGAIN!
Eu gostei desse cara, a gente começou a criar uma relação só no cumprimento, mas como toda a relação alguém dá um passo adiante alguma hora, aquele passo para a intimidade, falar uma bobeirinha qualquer e...acabou vindo dele.

-HELLO AGAIN!
E eu:
-HELLO!
Ele chega mais pertinho e diz: -#$%¨!
E eu: - Sorry?
Ele tenta novamente e nada.
Outra tática usada é assumir diante dos fatos a verdade.
-My english is not perfect.
-Ok, no problem.
Responde o gringo muito simpático.

A etapa seguinte é abrir um sorriso paquita e simpático, que é uma das melhores formas de contornar. Hahaha. Aquela coisa exagerada.
No dia seguinte o gringo me aparece com a família e se aproxima para me apresentar. Pânico geral. Se eu pudesse me desintegrava, tele-transportava, ia para a linha de fogo do Iraque, mas ali não podia ficar.

- This is my Family. FALA O GRINGO.
- Hello! ( E agora o que eu falo? Pensa ...pensa..pensa..vai jú...vai...GLUP) – Nice to meet you,( Uhu lembrei das aulas de inglês do livro TIC TAC TOE) – My names is July and you? And you? And You?
Depois de dar dois beijinhos em todas três e elas responderem o nome, sorri de novo e....força...vai meu “TIC TAC TOE”...e...
-Beautiful family! Hahaha!
Ele sorriu e elas também. Naquele momento éramos antigos amigos numa mesa de bar. O riso continuou e passou um pouquinho do tempo, mas continuou. Eu estava impedindo que se formasse um buraco e...
- Ok! Excuse me. Bye bye. The work is calling me.
Não acredito. Estava indo tão bem e acabou assim? Achei que ia fazer um fechamento triunfal
-No July! No July! Oh My God!
Entrei correndo no lounge e fiquei no lugar de outra menina para distribuir brindes. Chega o primeiro cara e fala chinês comigo, chinês mesmo. Eu suo frio e me dou conta de onde estou e que para dar o brinde, eu preciso checar seu nome e de qualquer um que esteja ali, seja grego ou africano.
-Your name please?
Ele responde, mas não adianta nada.
-Where are you from?
Ele responde: - China.
Ponto pra mim, sabia de onde ele era.
- Your name?
Minhas mãos suam mais, o som fica mais alto e tudo fica desagradável.
-Let me see your name?
Mais uma idéia julianesca. Ele tinha crachá!Tá vendo! Eu sou sinistra, uma gênia. Esse foi meu mecanismo de trabalho. Fui me sentindo mais segura e aí tentava avanços como elogiar a cidade que ele vinha. O problema é que desencadeava uma conversa monólogo, porque só o cara entendia e eu dizia:
-Yes. Oh! Serious!
E fingia não poder mais dar continuidade para a conversa devido a carga de trabalho. Lia papéis fantasmas, escrevia nenhuma coisa e atendia telefonemas mudos.
-Just a minute.

Vocês sabem que eu acho que as pessoas antipáticas funcionam dessa forma, elas na verdade não sabem o que dizer e o que fazer e tem medo de arriscar, então a técnica é ser impaciente e mega ocupada. O maravilhoso desse blog é que eu acabo entendendo ou desentendendo de vez tudo.

Versão da música “Escravos de Jó ” em INGLÊS E ESPANHOL, numa versão julianesca.

Primeiro pra quem não conhece em português( que não teve infância) :

“ Escravos de Jó, jogavam cachangá,
Tira,bota, deixa o Zé Pereira ficar,
Guerreiros com guerreiros, fazem zig zig zá,
Guerreiros com guerreiros, fazem zig zig zá.”

INGLÊS

“ Slaves in the Jó, games the cachangó,
Up, dow, left Sr.Pereira stay,
Fighter and fighter make zig zig zó,
Fighter and fighter make zig zig zó.”

ESPANHOL

“Siero de Ró, rogavam carrangá,
Arranca, arroja, derra o Zé Pereira quedar.
Beliscosos, beliscosos razem zig zig zá,
Beliscosos, beliscosos razem zig zig zá.”

(Todos os direitos reservados para julianesca copy all right)

segunda-feira, julho 14, 2008

Pensações.


A atriz está em mim, como um vírus, instalada e não sai. E é por esse lado que estou indo.Conheço Deus, a humanidade toda e o seu José encanador, quebra-galho, ele é muito importante para minha sobrevivência.
Sobre o cérebro, gosto de ler assuntos variados, de física quântica a Dom Quixote de La Mancha, nunca fui uma cult clichê e nem sei se cult. Aprendi a ver big brother e hoje eu gosto. Choro com comercial e também chorei ao ver o filme do Jonnhy. Quando bebo eu fico rica porque pago a conta de todo mundo e vou para onde quiser( não me embebedem). Escuto MPB e não acho graça em música eletrônica. Gosto de cores e não gosto da mesmice. Sou sagitariana ascendente libra, mas tenho a lua mais leonina do mundo. Já fiz aula de circo e adorei, meus amigos falam que danço de I pod porque tenho um ritmo próprio. Tenho um namorado que é o mais paciente do mundo porque eu adoro mandar. Amo minha família torta e toda a loucura que ela me gerou. Não gosto de pessoas normais, adoro ver o lado B de todos. Vejo filme antigo, mas tenho uma memória ruim para lembrar dos nomes. Não leio reações adversas de remédio porque depois de ler começo a sentir todas. Gosto de Buda, Jesus, Gandhy, Silvio Santos, Chico Buarque e acho a xuxa uma pessoa legal, mas assexuada, ela parece um ser maritimo, uma anêmona, sei lá. Tenho TPM, só to avisando. Já morei na Bahia, viajei de carro até João Pessoa, já mergulhei no Rio São Franciso. Tenho como lema de vida a frase “nada me surpreende” porque vejo coisas que não queria ver e ouvir, ou até que não sabia que existia. Bem-vindo ao mundo de Juliana.

quinta-feira, abril 03, 2008

Absurdu's




Absurdu´s

Absurdo,nonsense, como você quiser chamar.
Resolvi escrever coisas mais absurdas ainda. E a inspiração apareceu numa das andanças pelo bairro que moro, Copacabana.
Copacabana já não é mais princesinha do mar amuito tempo. Primeiro que o banho no mar é infrequentável, e a última vez que fui peguei um bicho de pé. Geográfico, era o nome dele e ele ainda fez um mapa bem parecido com o do Brasil, achei o bichinho bem patriota, mas e daí?
Voltando para a princesinha, ou nem chegando nela, porque que princesa é essa que não usa nem roupa direito e que anda por aí ao léu, dando gritos indecifráveis e recebendo todos os tipos variados de pessoas? Essa é a princesa new generation, Copacabana.
Absurdu´s, como dizia Mussum.
Lino Fonseca poderia ser um morador desse bairro.

“Era uma vez um organismo chamado Lino, Lino sentia todos e podia interferir a explosão da bomba atômica e fazer com que a febre amarela se espalhasse pelo Rio de Janeiro.
Lino era quase uma pessoa, mas não era. Não quis ser
Ele apenas era algo. Algumas pessoas, como seu primo Antônio achava que ele era uma das melhores pessoas que já havia conhecido, portanto, classificado como pessoa.
Ana Luiza sua peixe de estimação achava que ele era um peixão, para não dizer um Sereio, o mais bonito e atraente.
Sua avó o achava estranho. O elefante o achava pequenininho e o chamava de formiga.
É o que o mundo é. E sabe o que o mundo é? Uma achação danada.
Hoje, portanto, hoje no mundo de Lino, sem tempo comum, HOJE.
Hoje ele queria andar de balão. Viu uma foto numa revista onde Concórdia Sunset, aquela mega-famosa pintora de quadros andava de balão e ele podia ver um quadro dela onde ela estava dentro andando de balão. E as idéias nascem assim.
Lino queria andar de balão e voar muito, para um lugar em que ele não pudesse mais interferir a sua volta e deixar pra lá essa física quântica maldita. Tá bom, tá bom. Bendita porque Lino vai atrair o balão até ele. Repitam com ele: - THE SECRET.

Forçou, forçou, forçou e de tanto mentalizar soltou um pum, ficou andando pro cheiro se afastar e não acharem que era dele. Enquanto andava pensava em como ia encontrar o balão para voar, já que ele morava em Maria da Graça e lá não tinha balões. Só pipa. Pensou em fazer uma pipa gigante e gorda para ele entrar e voar com o vento, mas sabia que o balão precisava do fogo.

Pensou de novo: - The Secret!! E nada! Ele sabia que era assim mesmo, quanto mais pensava que queria ele não conseguia. A mente de Lino era “do contra”, tão “do contra” que era contra ele mesmo, tão contra que quando ele achava que era ela que não conseguia aí a mente conseguia só pra contrariar mais ainda.

Lino pensava e enquanto isso lembrou da conta do celular que não havia pagado e ligou para o “callcenter” da operadora para dizer que ia pagar na semana seguinte quando entraria a grana do bico que fez de garçom na festa do Romário. Como de costume e hábito brasileiro Lino já estava esperando a uma meia hora no celular. Ele não estava aborrecido porque sempre fazia isso nas horas que precisava pensar, era como um calmante. Escrevia na folha de papel dele antes de ligar:
- Olá bom dia! Gostaria de adiar a data de pagamento do meu celular já que houve um atraso no salário desse mês. Meu nome é Lino Fonseca, meu telefone é 88134563, meu CpF..........e meu tipo sanguíneo é O+.
Ele escrevia o texto porque sabia que ia ter que repetir algumas vezes até ser transferido ao setor responsável e depois até a pessoa certa abrir com o pedido.
Lino era correto, fazia questão de anotar o nome de todos os atendentes e chamá-los pelo nome.
Esse era seu lexotan, ligar para o “callcenter”.
Depois desligar o celular teve uma idéia brilhante se transformar num balão. Já que ele podia tudo e estava tudo interligado ele tentou enganar sua mente dizendo que nunca na sua vida conseguiria se transformar num balão. De repente, blum, estica pra lá, ele gritou:
- Áááááááááááááá!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!Que dor !!!!!!
E de repente ele começou a falar arrastado e ....”

Achei melhor que ele não morasse em Copa,senão dividiria atenção com Zé das Medalhas,Lúcia Turnbull,Juliana Maldonado,Rosane Amora,Brasil(segurança da rua), a velha gritona do terceiro andar, a vovó duende e muitas outras personalidades.
Após escrever sobre Lino, na mesma noite, sonhei com Harry Potter muito chateado dizendo que Lino Fonseca roubara a cena. Sendo assim, resolvi escrever um livro de algumas páginas sobre um morador do Rio de Janeiro que poderia ser de Copacabana. Será? Mas e o Harry?

quinta-feira, fevereiro 07, 2008

Doce como uma baunilha, essa era ela.


Baunilha

Doce como uma baunilha, essa era ela.
O primeiro encontro foi numa aula de circo que estava fazendo, quando uma mulher que agora não me lembro o nome levou numa gaiolinha uns seis da mesma espécie, cada um de uma cor. Achei todos uns gracinha, mas não resolvi ficar com nenhum. Foi só na aula seguinte que falei com a mulher se ela estava vendendo e ela me disse que estava dando mesmo. Que ela já tinha a mãe que dava o maior trabalho, e que teve uma porção de filhos agora e que estava um pouco mal-humorada e andava comendo alguns deles.
Achei aquilo meio estranho, mas fui saber e descobri que realmente elas faziam isto. Uma espécie de depressão pós-parto.
Falei que queria um e ela me disse para irmos a casa dela na saída da aula e fomos. Chegando lá tive a difícil missão de escolher um deles, a principio queria um casal para que ninguém ficasse sozinho, mas ela disse que se multiplicam que nem praga, ela estava um pouco irritada com aquele bando. Mas eles eram adoráveis.
E a mãe pegou um pela boca e colocou tudo pra dentro e eu disse :
-Vai comer! Não acredito!
E de novo a moça me explicou que ela estava só carregando de um lugar para outro porque ele estava desobedecendo. Como ela queria que eu soubesse? Primeiro me disse que eram canibais e agora era só um cuidado que estavam tomando. Realmente parecem seres humanos. Nunca se entende.
A escolha.... Qual é o mais fofo?E era um branquinho que ela me disse ser menina. Estava escolhido, coloquei dentro da gaiolhinha que havia comprado e oba uma companhia adorável. Fui toda contente pra casa e com a responsabilidade de cuidar daquela mocinha. RSRSRS..
Cheguei em casa coloquei ela em cima da minha mesa para que ela pudesse se adaptar ao quarto e tratei de criar um playground pra ela. Afinal aquela gaiola era muito pequena, ela merecia coisa melhor.
Dividia a casa com Débora e Slave nessa época. Débora não gostou da nova integrante, tinha nojo da Baunilinha. Veja só da baunilha! Tá certo que eu também tinha um pouco de nervoso, não chegava a ser nojo. Sempre pegava ela pelo pescoçinho, essa era nossa relação. Mas vamos lá, sempre conversava com ela, colocava música pra ela ouvir e qualquer pessoa que entrasse lá em casa eu tratava de apresentar a BAUNILHA.
Voltando ao playground. Queria fazer um dos maiores playground que ela já poderia ter visto. Um dia o Slave chegou em casa e queria ir ao banheiro, mas eu havia separado o banheiro para ser o playground dela e fiquei um pouco chateada, mas tive que tratar de tirar ela de lá. Que fique claro que eu tomei todas as precauções para que ela não se machucasse, tampei os ralos, fechei a privada e coloquei uma madeira na porta para que ela não fugisse. Eu particularmente acho que ela gostou, mas ela não me dava muita bola, era meio antipática.Cada um do seu jeito né?
Em busca do playground perfeito.... coloquei ela no sofá da sala sem as almofadas, mas ela fugiu para debaixo dele, e eu gritava, Slave me ajuda!!!Mais uma vez Slave estava presente e capturou a fugitiva. E claro que ouvi uma bronca dele do tipo: - Queria ver se eu não tivesse aqui! Aprende a pegar ela senão a próxima vez deixo fugir!
Slave não me entendia. Débora toda vez que eu estava com a baunilhinha mesmo naquela gaiola minúscula ela saia de perto.
Não foi fácil viu? Eu sei que a Baunilha estava chateada com isso, mas disfarçava para ela não sentir essa pressão. Ela tinha outra questão que tive que me adaptar, só dormia de dia. De noite vivia rodando naquela rodinha e sempre me acordava. E de vez em quando ficava espreitando eu e Celo meu namorado, pegava ela no flagra e tratava de tirar ela do quarto, privacidade é privacidade!!!
Estava deitada no meu quarto quebrando a cabeça para descobrir o Playground prefeito até que......Idéia genial me veio a cabeça. Eu tinha aquele “Tupperware” gigante que guardava sapatos. Tirei todos os sapatos lavei, passei um álcool para esterilizar e fiz um circuito de exercícios para a Baunilha. Cortei garrafas de água de 300ml pela metade, fiz um sobe e desce, passa por uma argola e pronta lá estava. A disney World da Baunilha! Então agora ela tinha dois lugares, a casinha pra dormir e o playground mais emocionante para brincar. Era engraçada, ela ficava imunda brincando. Lavava ela de vez em quando segurando ela pelo pescoço e colocando ela de baixo da torneira e lavando com sabonete. E ela ficava branquinha de novo!
Estávamos nos dando muito bem, até que foi chegando o fim do ano e eu estava trabalhando em loja e pra quem não sabe deixa eu explicar: Trabalhar em loja no Natal significa ficar horas dentro do shopping, da hora que abrir até a hora que fechar. E assim minha Baunilha ficava muito tempo sozinha. O Slave e a Débora não davam bola pra ela, eu não tinha tempo nem de fazer variações de lugar mais, tinha que deixar ela um dia na gaiola e outro no playground e quando chegava de noite dava uma batidinha onde ela estava pra ela sair da toquinha, e aí ela se animava e dava voltas e mais voltas.
Como estava muito fora ela estava ficando meio “deprê”. Aquilo estava me agoniando.
Até que chegou o terrível dia que dei a batidinha no seu playground quando cheguei de noite nada dela sair da garrafinha, bati novamente e nada e aí tentei a terceira, nada de novo. Comecei a chorar muito porque sabia que havia acontecido algo muito ruim, só que eu não conseguia tirar ela de lá para realmente ver se ela estava bem e foi aí que corri para o Slave – bati no quarto dele, deveria ser umas onze da noite e comecei a gritar chorando:
- Slave ela morreu, me ajuda!
O Slave levantou desesperado e disse:
- O que houve? Pelo amor de Deus! Quem morreu?
E eu respondi:
- A baunilha, não sei. Me ajuda!
E ele disse:
Porra Ju! Vc me acorda no meio da noite pra dizer que uma Rata morreu!
E eu respondi furiosa e chorando:
- Não é uma rata! É uma ramister e o nome dela é Baunilha.Me ajuda!
E ele disse:
- Fala sério! Cadê essa rata?
- Tá na sala no Play dela. Snif! Vê pra mim se ela morreu, não tenho coragem. Por favor!
- Tá bom!
Slave foi até a sala e eu sentei no sofá longe para não ver seu corpinho. Continuei chorando. Débora e Ribas entraram na mesma hora em casa e perguntaram desesperados o que tinha acontecido, eu disse que a baunilha talvez tivesse morrido. Todos ficavam aliviados quando eu dizia que era a baunilha, insensíveis!
Pedi para o Ribas e Slave verificarem e realmente ela havia ido para o céu. Também pedi que eles a enterrassem, porque ela merecia um enterro digno. Tadinha, morreu de solidão.
Como não olhei porque não conseguia ver ela, ali, estirada, confiei neles.
Depois eles me contaram que não tinham onde enterrar, a não ser que fossem até a praia e aí fecharam o “Tupperware” que era seu playground e deixaram junto com o lixo pro caminhão buscar.
A baunilhinha morreu brincando
mesmo que sozinha, mas brincando!
Amém!

segunda-feira, novembro 19, 2007

Big Brother, paranóia só!!!


Big Brother Brasileiro

O Brasil é isso mesmo, ele não é isto nem aquilo, é isso!

Saí da produção de moda que faz e dita moda gringa para o Brasil, onde o nome tem Santa no meio que é pra proteger, ter um pouquinho de Brasil IÁ IÁ...e fui para um super estágio em marketing de uma academia de ginástica que também tem o nome geninamente brasileiro, um nome de um lindo bairro do Rio de Janeiro, mas seu sobrenome é...adivinhem... Gringo! Como todas as nomenclaturas internas e aparelhagens de lá.

Pela grande ótica Julianesca, tudo corria bem. Tive que voltar a malhar, fazer novas amizades e começar a entender novamente cabeças, crânios e linhas de raciocínio. Inicialmente ganhei credibilidade e fui me destacando, claro que dançando a trilha sonora escolhida pelo chefe. Já existiam vícios, desabores, amores, horrores, e.....
“PAI NOSSO QUE ESTAIS NOS CÉU...”, como uma boa brasileira rezava quando via a loucura pegar. Comecei a diagnosticar alguns defeitos, alguns "senão" e podia dividir com a minha gerente.

Um dia me toquei que havia câmeras espalhadas por todo lugar e cheguei a ficar na neurose de achar que existiam até no banheiro, na minha cabeça me tranqüilizei:

-Áh, ninguém assiste essa merda!E se assistir também não vai ver nada demais.

Eu mesma me acalmava, mas passavam dias e eu me peguei arrumando cabelo, de olho na postura....

Eu dividia a sala com mais três, só que a sala devia ter 20 metros quadrados, parecia uma nave espacial, sabe? Todos os espaços bem utilizados, eu sentava na entrada e toda vez que alguém ia passar eu tinha que “colar” na mesa. Levava tudo aquilo para o lado bom, simbólico, do tipo: “Acomodação zero para não estagnar”, “Movimento gera movimento”, tudo muito lógico né?

Um outro dia me perguntaram a hora que havia chegado no dia anterior e eu disse 08:00e o cara disse:

-Oito não. Oito e sete.

Choquei!Parei!Estagnei ( mesmo trabalhando com a cadeira na passagem)!Peraí!Como assim? Ele viu na câmera!Não é possível que falta do que fazer!Respondi calmamente em choque:

-AH T-Á! O-I-T-O E S-E-T-E M-I-N-U-T-O-S!

Depois daquele dia me peguei tirando a calcinha da bunda, naquele exato momento eu me percebi e aí que a ficha caiu. Eu estava sendo assistida todos os dias, se eu quisesse tirar uma meleca rápida, sabe? Aquela no cantinho. Teria que decidir ir ao banheiro ou tirar para todos verem. Todos mesmo porque descobri que quase todos os membros tinham acesso. L-O-U-C-U-R-A, e agora? Relaxei (mais ou menos). Tirei 50% de calcinha nas câmeras e 50% no banheiro, meleca me inibiu. Só no banheiro.

Dia-a-dia, mais dias ... e outro...e mandava beijos para a câmera só pra descontrair no cúmulo da solidão a três. Minha gerente e confidente saiu, eu comecei a falar com os outros em código, a falar baixo, fora dali andava olhando paras os cantos e continuando com a sensação de estar no Big Brother. Alguns participantes me faziam perguntas do tipo:
-Porque você está falando isso?
Quando? Onde? Por quê?

Às vezes me sentia uma vestibulanda para entrar na Tropa de Elite do Capitão Nascimento.

(Aliás, Oie!!! Eu fiz o teste pro fileme! Passei em quatro etapas, mas como viram não entrei...Sniff)

Me sentia acuada e respondia nervosa:
- Eu não quero passar ninguém pra trás!
E os participantes quase gritavam:
-Pede pra sair!!!

Não pedi, mas me tiraram mesmo assim alegando sumiço de uns convites e eu disse:

- Assiste na câmera! (Não acredito que a câmera estava a meu favor)
E o Big Brother editou o que queria e não assistiu, não quis saber e tú,tu,tú...desligou na minha cara.

Saí!
O Big Brother me ligou depois pedindo desculpas, mas você já viu alguém sair do programa e depois voltar?

Partindo para outra, pro alto e avante!!!
Apresentando a monografia em uma semana.
Peça em um mês.
A geladeira quebrou, não gela mais direito porque a porta caiu!
Bebi um dia pra distrair, o problema é que quando “Eu bebo, eu fico rica”. Isso mesmo! Quero comprar mais bebida,tipo champanhe, ir para o lugar que eu quiser,tipo Barcelona, comer o que eu tenho vontade, Tipo MUITO japonês....só que eu momentaneamente estou desempregada e a síndrome do “Eu bebo, eu fico rica” não pode me dominar.

Existe uma outra síndrome quando eu bebo que é a seguinte: “ Eu sou a Dercy!”, isso quer dizer que falo muitos palavrões em uma só frase.

Bom, enquanto não acho outro emprego, bebo para distrair, fico rica e chamo a Dercy de vez em quando, quem sabe não faço da geladeira uma dispensa e compro um frigobar, depois de beber né?
E o melhor.... ando tirando muita calcinha da bunda, e as melecas incomodativas... segredo. Rs.

terça-feira, outubro 16, 2007


Alguma coisa sempre nos inspira...
O Rio de Janeiro me inspira,
Os perrengues no Rio de Janeiro me inspiram.


Mudei! Porra não acredito!Isso não é novidade mais para ninguém, aliás está ficando chato de escrever porque em vez de pouca novidade tenho sempre um monte. Não mudei de casa, mudei de lugar, isso quer dizer que da sala(que era meu quarto) mudei para o quarto efetivamente. Entrou uma amiga nova, minha amigona Caroll, e saiu a amiga antiga, nessa rotatividade, antiguidade é posto!!! Tenho que pintar o quarto, tá feio, e com a parede toda descascando. Primeiro arranquei o que sobrava no quarto que foi aquela cortina horrorosa, cor de cocô, suja, e que me deixava sufocada. Eu tenho uma raiva dessa cortina, não deixava ventilar e deixava o quarto todo com cara de enterro, me deu uma vontade de jogar fora incontrolavelmente, mas como era da proprietária, pensei direitinho, enfiei num saco de lixo preto que é pra eu não ver e coloquei debaixo da pia da cozinha que era onde tinha espaço, rsrs.
Fiquei dormindo na sala por uns dias porque a amigona não havia chegado, e pensando numa maneira de pintar o quarto, e falava:
-Só me mudo pintado!
Era uma ordem interna e eu não sou de negar uma coisa dessas, e partia para segunda pergunta.
-Como pintar?
E eu mesmo respondia.
-Tinta ué!
Na minha cabeça não precisava de um pintor já que só iria gastar mais dinheiro, o que por aqui está escasso!
Aí surgiam mais perguntas:
-Essa parede está descascando o que fazer?
Precisava de um ajudante...pessoa próxima... Me veio o Slave na cabeça, ele é “pau pra toda obra”, mas não teria cuidado necessário, foi aí que me surgiu...MEU NAMORADO,artista plástico,arquiteto. Quem mais poderia ter a experiência necessária para pintar? Marcelo Jácome!
Ele chegou na sexta e não sabia ao certo, e com jeitinho pedi pra ele a primeira vez, como menino ensinado, rapaz racional, homem gentil, me contou com a maior paciência sobre a aula de restauração que teve na faculdade. Eu, que achava a explicação nada convincente, reivindiquei usando um argumento que sempre falo:
- Ué, mas então se não se tem dinheiro para pagar um pintor, então não pode pintar?
Na verdade o argumento que uso nessa frase é o “não tem dinheiro, não pode” e isso me gera uma revolta, eu sou brasileira, sou criativa, tenho garra e não vou me mudar pro quarto sem pintar, isso requer não entrar numa energia nova, de quarto novo. Quero mudanças!Quero bons fluidos!

Ele me explicou novamente o processo, o que naquela altura estava achando um saco, mas como já estava ali continuei escutando. Ele já devia estar irritado, mas também disfarçava.

Quero pintar mesmo assim. Amanhã compro tudo que precisa para tirar a casca para lixar e para pintar e claro vou colocar no cartão de crédito.

Ele ficou puto, mas como não gosta de desarmonia e respeita a opinião alheia , tanto respeita que... PRESTEM ATENÇÃO NESSA HISTÒRIA.
Marcelo viu uma mulher deitada no hall do prédio ao sair do elevador, o hall era pequeno, não dava pra passar sem incomodar a maluca que ele ACHOU que ela tinha resolvido fazer Yoga aquela hora e naquele selecionado lugar, entrou de volta no elevador e subiu pelo de serviço depois ele descobriu pelos porteiros, que aliás é uma das raças mais fofoqueiras que eu conheço, que acharam a vizinha morta no hall. Ela não estava meditando e sim morta! Só o meu amor mesmo, estão vendo, desarmonia não é com ele.

Dia seguinte de manhã.
Duas amigas resolvem chegar de surpresa. Será que meus planos iriam por água abaixo?
Não aquilo não poderia acontecer!
E graças a Deus não aconteceu, ufa!
Elas saíram pra visitar outra amiga e eu cecelo compramos tudo e começamos a forrar o chão com jornal, com a espátula descascar a parede, eu de um lado, ele de outro. Duas horas depois eu comecei a lixar a viga de um metrinho que tinha descascado , minhas unhas começaram a estragar o esmalte e eu fingia ter força para lixar e dizia para mim mesma: Você consegue! E todas as palavras do Marcelo vinham a minha cabeça, principalmente: “temos que chamar um pintor para fazer isso!!
E já imaginava o tal do Zé lá, eu conversando com ele e tudo ficando pintadinho até que...Tosse, tosse duas, e não dou o braço a torcer , naquela hora tinha que me mostrar forte. Começo a assoviar como uma pintora, para entrar no clima e..Tosse, tosse.
Olho para o Celo já no desespero e ele está passando mal também, me olha e diz:
-Vamos parar porra, não tá vendo que a gente não é pião e não vai conseguir fazer?
Pedi desculpas e aí partimos pro consertar a M. Passamos a tinta por cima de todo o resto que ainda estava com casca, e onde começamos a raspar fizemos uma patina com uma misturada que saiu carbono. A aninha e a Fante voltaram da outra visita e acharam o quarto lindo e depois pintamos a sanca de carbono também com elas ajudando, amiga é pra essas coisas, dá apoio e fortalece a moral.
Fiquei contente de ter conseguido pintar, coloquei os móveis no quarto na semana seguinte, pendurei duas colchas coloridas na janela no lugar da horrível cortina e também tinha uma cortina japonesa ensacada e aí tive a idéia de pendurar na parede mal acabada que estragamos. Meu quarto ficou apelidado de favela chic ou favela fashion.Meu armário é uma arara com um algodão em cima ( que eu seriamente estou pensando em desenhar) e mais umas gavetas de plásticos da Casa&Vídeo. Meu quarto está com a minha energia. Esqueci de contar que depois da pintura tivemos que limpar o chão com removedor porque ficou cheio de tinta.
Ah... esqueci também de falar que depois de um dia celo pegou uma virose sinistra que terminou em pneumonia e eu depois fiquei tão doente também que tive que pedir colo a minha vó. O medico diagnosticou bactéria de parede,ou seja, daquela parede. É meu amor você tinha razão!

quinta-feira, setembro 06, 2007

Apertamento átomo!!!


Mudei! Novidade, né? A palavra mudar é como se fosse...sei lá...troquei..enjoei...vou pra outra..sem graça...repetitivo, o fato é que saí da segunda casa e fui para um conjugado em Copacabana, esse cabeção de porco. Eu, Raquel e Slave, achamos no jornal, aluguel para temporada. Quem negociava conosco era o seu José, um senhor de pouco sorriso, metódico, que tinha vários empregados.
Ele morava na Sá Ferreira num apartamento um tanto estranho, era um cenário que nunca tinha visto, um apê de 3 quartos, mas com poucos móveis, o que dava a impressão de ser imenso. Preferimos aluguel para temporada porque não podíamos preferir, era o único que tinha móveis: geladeira, fogão de duas bocas tipo acampamento, um armário, uma cadeira e uma cama, pois é, por esse imóvel pagamos o preço bem acima do mercado. No início achamos o máximo, só que na primeira semana já tivemos que mudar provisoriamente, essa palavra,provisório, me ASSUSTA! Olha gente, PROVISÓRIO não existe, tá? Experiência própria! Meu namorado diz que sou teimosa, imediatista, quero tudo pra ontem.
EI! Vive pulando de galho em galho que eu quero ver? Se você não escolhe o galho o galho escolhe você. “Deixa essa bicicleta aqui no canto enquanto, por enquanto...” Por enquanto é sinônimo de provisório que não escolhe galho. Filosofias à parte....
Mudamos para outro por que deu infiltração, ficamos um mês num apartamento maior, um quarto e sala, SINISTRO como a casa do seu José, era em Copa também, depois retornamos pro conjugado “reformado”, mas já havíamos desanimado. Era um APERTAMENTO. Tentando reanimar os ânimos como sempre, sempre lembro da Poliana que na verdade é uma personagem chata pra caramba, enjoadinha, aaaaaaa, resolvi fazer uma cortininha de fita na nossa janela, são aquelas fitas de presente que você prende uma ao lado da outra de várias cores e prende com tachinha, foi pra ver se dava um ar naquele MICROAPÊ no sexto andar de frente para Nossa senhora de Copacabana. Você tem noção do que é morar para essa rua? Estar no sexto andar não era um privilégio, porque mesmo alto, quando abria a janela morria sufocada, se fechasse ficava sufocada também. Uma câmara de gás!
A cortina ficou pela metade esperando verba para a outra metade..... era um tempo PROVISÒRIO.
Você sabe que eu e Raquel minha irmã temos uma facilidade imensa de discutir, é mais ou menos assim:
Ju- Que céu azul!!!!
Râ – Não, azulzinho!
Ju- Então azul anil!!!
Rã – Azul claro!
Ju- Vai a merda!!
Rã- Vai você!!!Eu acho que é essa cor!

E aí a gente não sai no tapa por pouco, fica sem se falar até surgir outro assunto.
Eu estou falando isso porque nesse tempo de moradia nós não discutíamos, porque foi ultrapassado esse nível, não havia ânimo nem pra discutir, você acredita?
Morávamos num átomo, os três, cada um na sua, era quase um treinamento militar, ou agüenta ou pede pra sair.

Um belo dia acordei para o trabalho e os dois já tinham caído no trecho. Tomei um banho, me arrumei, e quando estava prontinha pra sair escuto uma gritaria no corredor, quase 50 apartamentos por andar dá nisso!
Um cara gritando que ia pegar a vaca da vizinha( linguajar dele), que ele queria entrar, e bicava a porta dela, ela, e duas crianças gritavam do outro lado da parede . Tratei de travar a porta com uma cadeira e me jogar no chão do quarto, que na verdade nem era longe. Aí MEU DEUS, precisava sair pro trabalho, o dever me chamava e aquela gente não parava de brigar, fiquei com um certo medo do cara querer entrar no meu apê pra pular a janela, sei lá! Ele estava cada vez mais alterado e eu em pânico rezando um terço inteiro de trás pra frente.
De repente da câmara de gás escuto na rua carros de polícia, a coisa estava ficando preta (e eu desesperada!!!!), naquela fase do tipo “ Ferrada, ferrada e meia!”, querendo que acontecesse algo para resolver aquela situação, quase ajudando o maluco a bater na mulher, naquela hora só pensava em querer que aquilo acabasse de uma vez por todas, não queria mais saber do trabalho que pagava minhas contas, afinal pra quê dinheiro se a minha vida estava em jogo. Aquela baixaria toda acontecendo no corredor de um prédio que só podia se situar em Copacabana e eu esperando passar.....quarenta minutos depois tudo estava meio silencioso e saí para o trabalho doida para ser assaltada, ônibus quebrar, que era pra eu ter uma justificativa de atraso. Minha chefa nunca ia acreditar na minha história, aí resolvi dizer que perdi a hora porque o despertador não tocou e ainda tive que ficar o mesmo tempo de atraso depois do horário.
NUNCA MORE NUM CONJUGADO< NEM EM COPACABANA< NUNCA DIVIDE 25 m2 COM TRÊS PESSOAS.

quinta-feira, agosto 09, 2007

Lego!!! Tétris, quer dizer lego mesmo porque tétris quando encaixa some e LEGO não!!!

Lego

Aí Aí aí!!! Computador desmontado, estou escrevendo numa folha de caderno. Falando em desmontar,montar,encaixar,desencaixar,procurar, achar e o pior procurar e não achar.

Gente!!!!!!!! Mudei! Para a sexta casa, mas na verdade a casa não é definitiva. Vim para a casa da Grazi que eu acho que lá pela terceira ou quarta casa morei por aqui, certeza de que passei por aqui eu tenho, mas a ordem da casa eu já me embaralho toda. Pois é, coloquei tudo meu,ou quase tudo, em caixa de papelão que foi achada nas Casas Bahia e Ponto Frio, doações de Natal, e em sacos de lixo preto grandões, que aliás eu achei caríssimos. Trouxe tudo em 3 viagens de palio do meu amigo Henrique que namora a Grazi. Coloca uma caixa de lado pra entrar outra, não entra!!!Pega o saco, da dois soquinhos e coloca os pratos acrescenta duas caixas pequenas e uma pitada de ventilador e oba mais um encaixado. Desencaixa, leva pro 404 a sexta e bem-vinda casa , a terceira ou quarta passada.áááá( gritinhos).
E os móveis? Não cabem no carro.Nem no apê. Põe a cabeça pra funcionar, queima neurônio e...liguei pro proprietário e pedi pra deixar até o dia 05/01 porque com certeza eu vou fazer uma grande descoberta de onde enfiar esses móveis.Pra minha tranqüilidade a cama e a mesa do computador cabem no apê lá no cantinho, bem esmagado. Como levar? Burro sem rabo! Esses caras que puxam num carrinho os móveis como se fossem burros de carga. Que pena, não gosto de dar força pra esse tipo de coisa mas não houve outra solução. Marquei com um cara que fica em frente a padaria, no dia seguinte no horário marcado lembrei que tinha terapia e não podia faltar por nada nesse mundo, minha cabeça já estava bem confusa precisava de orientação. Débora desmarcou pra mim e disse que o cara estava muito bêbado, expliquei pra ela que carregar móveis nas costas só estando bêbado mesmo para suportar.Outro dia... O filho da mãe do bêbado furou comigo, fui atrás dele na tal padaria e ele estava sentado na soleira da porta com uma caninha na mão nem se entendendo mais. Fui pela rua eu e Aloísio amigo do Slave procurando outro burro sem rabo, encontramos , marcamos e bolo de novo. Raiva! Quer dizer, já não sentia mais nada só cansaço. Outro dia e último para entregar as chaves, fui andando por Copacabana sozinha pra encontrar alguém e..não deu outra, assoviei bem local mesmo, ele olhou, seu nome era Arlindo,gente boa e naquele momento quase um anjo. Aí falei igual ao meu amigo Slave quando negocia com esses caras:
- Irmão leva uma cama e uma mesa até o fim de Copa agora por 30 pratas?
ELE: 30 não, 40.
EU: Nem eu, nem tu, 35.

Fechei negócio! Observo muito as pessoas. Eu sendo loirinha de olho azul com cara de riquinha senão mudar a forma de falar não negocio.
Seu Arlindo era realmente um amor, acabou ganhando um colchão e uma mesa que eu também não sabia onde colocar, fiz minha boa ação do dia e pratiquei o desapego. E o monta e desmonta continua todo dia de manhã ao me vestir, pega sapato na terceira caixa e tira duas de cima, põe uma embaixo e zzzzzzzzz! Fui dormir.